Após aluna expulsa, Uerj pedirá que candidatos a cota racial justifiquem autodeclaração
Aluna teve a matrícula cancelada depois que ficou comprovado que ela declarou informações socioeconômicas falsas.
A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) divulgou essa semana que passará a solicitar a autenticidade da autodeclaração racial, no ato da inscrição do vestibular. A mudança aconteceu após a universidade cancelar a matrícula de uma aluna do curso de Administração que declarou informações falsas para se beneficiar do Sistema de Cotas.
Com as novas regras, os candidatos a postos na universidade deverão declarar porque se consideram parte de determinado grupo e haverá, ainda, opções de justificativa como cor da pele, ascendência familiar e contexto cultural, além de explicar por extenso suas razões. Essas informações só serão utilizadas em caso de denúncia. No modelo antigo, era preciso somente assinar uma autodeclaração.
No caso de denúncias de fraude socieconômica, assistentes sociais poderão ser enviados até a casa do aluno. Essas decisões foram tomadas após reunião da procuradoria da universidade com o Ministério Público Estadual, que entregou 41 denúncias de suspeita de fraude para a UERJ.
Além da aluna expulsa, a Uerj já investiga outras 10 denúncias de fraude. No início do ano, um aluno do curso de Medicina também teve a matrícula cassada. Em 12 anos de utilização do Sistema de Cotas, esse é o segundo caso confirmado.
A Uerj oferta 45% das vagas para o Sistema de Cotas, que beneficia estudantes de famílias consideradas de baixa renda. Destas, 20% são para estudantes de escolas públicas, 20% para negros e indígenas e 5% para portadores de deficiência.
*Com informações da Agência Brasil