UEFS cria cotas para ciganos, travestis e pessoas com deficiência
As cotas já estarão instituídas para o ingresso a partir do segundo semestre de 2020. Serão três sobrevagas por curso.
O Conselho Universitário (Consu) da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) divulgou essa semana a aprovação da nova resolução de cotas. E, dentre as mudanças, está a reserva de novas sobrevagas nos cursos de graduação.
De acordo com a instituição, a partir do segundo semestre de 2020 (2020/2), será instituída a reserva de três sobrevagas por curso além das duas vagas já previstas para indígenas e quilombolas, para os seguintes grupos: ciganos; candidatos com deficiência; e transexuais, travestis ou transgêneros.
Para o reitor da UEFS, Evandro do Nascimento, a nova resolução de reserva de vagas para grupos populacionais historicamente excluídos do acesso ao ensino superior é uma reafirmação do caráter inclusivo e socialmente responsável da UEFS.
Já a pró-reitora de Políticas Afirmativas e Assuntos Estudantis, Sandra Nívia Soares, reforçou que a aprovação da nova resolução é a continuidade de uma luta iniciada em 2003, pelos movimentos sociais externos e internos.
Sobrevagas
A UEFS não é a única instituição a adotar a reserva de sobrevagas destinadas a transexuais, travestis ou transgêneros. A Universidade do Estado da Bahia (UNEB) também anunciou esse mês cotas para 5% de sobrevagas para esses candidatos no Vestibular 2020, o qual recebe inscrições até 06 de novembro.
Além delas, as universidades federais do Sul da Bahia (UFSB), da Bahia (UFBA) e do ABC Paulista (UFABC) também utilizam a política de cotas e ações afirmativas para o ingresso de pessoas trans.