Conheça os tipos de redação cobrados no vestibular
Atualmente, vestibulares cobram outros gêneros textuais, além da dissertação, em suas provas de redação.
Ao contrário do que muitos pensam, a dissertação não é o único gênero textual cobrado nos vestibulares e processos seletivos. Em Universidades em que a Prova de Redação é o principal instrumento de avaliação, os estudantes geralmente precisam produzir de dois a quatro textos sobre diferentes estilos, como Narração, Descrição, Carta, Estilo Jornalístico e Comentário. Confira, resumidamente, as especificidades de cada um deles:
Dissertação
Na dissertação, o assunto deve ser debatido e discutido criticamente tendo como base opiniões fundamentadas. Pela regra, o texto dissertativo é estruturado em introdução, desenvolvimento e conclusão, formato que permite ao estudante expor o tema, defender seu ponto de vista através de argumentos e elaborar um desfecho persuasivo do assunto. Nessa modalidade, verbos e pronomes em primeira pessoa, bem como períodos longos, são substituídos por termos impessoais e objetivos, mais comuns na terceira pessoa do singular, e frases curtas. Gírias, termos coloquiais e gerúndio também devem ser evitados.
Narração
No texto narrativo, a problemática deve ser apresentada em formato de história, com detalhamento dos personagens envolvidos e do tempo e espaço onde é deflagrado o episódio. Basicamente estruturado por verbos de ação e advérbios de tempo e lugar, esse estilo também conta com introdução, desenvolvimento e conclusão, acrescido de conflito e clímax. Geralmente, são utilizados verbos e pronomes em primeira e terceira pessoa. Além disso, nesse gênero, o estudante tem mais liberdade para usar a imaginação e abusar da função emotiva e poética.
Descrição
De forma geral, descrição consiste na ação ou efeito de enumerar as partes essenciais de um ser. Isso significa que o texto descritivo deve ser constituído por um relato minucioso, representado pelos cinco sentidos (visão, tato, paladar, olfato e audição) e fidedigno à imagem real do animal, pessoa, ideia ou objeto tratado. Normalmente, ele é dividido em objetivo, quando a descrição é precisa, e subjetivo, quando permite mais de uma interpretação do leitor. Verbos de ligação, como ser e estar, são muito utilizados nesta modalidade, assim como adjetivos.
Carta
Normalmente apresentada de forma descontraída, no caso de contatos pessoais, ou com formalidade, em circunstâncias de reivindicações, por exemplo, a carta argumentativa é a modalidade mais cobrada nos vestibulares. Estruturada em cabeçalho (local e data), saudação (vocativo inicial), corpo do texto e assinatura, a redação em carta deve apresentar o ponto de vista do autor em seu início, meio e fim. Como é endereçada a alguém, a carta também conta com uma linguagem específica. Palavras em primeira pessoa, vocativos e verbos no imperativo são utilizados com frequência nesta modalidade.
Estilo Jornalístico
Nos casos de textos escritos em linguagem jornalística, a objetividade, clareza e impessoalidade predominam. Os principais dados, como o que, quem, quando, onde, como e por que, devem ser informados já no primeiro parágrafo, mais conhecido como lead. Em notícias e reportagens, prevalece o caráter informativo do texto, enquanto em editoriais e artigos, a opinião do autor é sustentada por argumentos. Voz ativa, frases curtas e palavras simples são usadas com frequência nesta modalidade. Por outro lado, artigos indefinidos e pronomes possessivos e demonstrativos devem ser evitados.
Comentário
Geralmente, as universidades cobram a produção de comentários em situações que envolvem ambientes virtuais, como um fórum de discussão, por exemplo. Nesse gênero textual, os estudantes possuem mais autonomia na escrita, contudo, o texto deve ter um propósito, fundamentado nos elementos fornecidos pelo material de apoio e em argumentos. A linguagem deve ser clara, sintética, coloquial e principalmente adaptada ao meio eletrônico, se este for o ambiente apresentado. Neste caso, o caráter dissertativo é substituído pela função opinativa.