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Bicentenário da Independência: saiba como tema pode cair no Enem e vestibulares

O bicentenário da Independência é comemorado nesta quarta-feira (7). Professores falam como tema pode cair no Enem e vestibulares.

Publicado por Lucas Afonso
05/09/2022 15h17 , atualizado em 05/09/2022 16h47
Bandeira do Brasil em verde, amarelo, azul e branco. Imagem de fundo está desfocada.
Processo de independência do Brasil ficou marcado por vários acontecimentos, como a chegada da corte portuguesa e a Revolução Pernambucana de 1817.
Crédito da Imagem: Shutterstock

O bicentenário da Independência ocorre neste ano, ou seja, o Brasil completa 200 anos de sua independência de Portugal na próxima quarta-feira, 7 de setembro. A data é histórica e marca o bicentenário do fim do período colonial e o início da monarquia no Brasil

O tema é importante para a constituição do país e pode ser cobrado no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano, bem como nas provas de vestibulares. 

Estar atualizado sobre o assunto pode ajudar no momento da prova. Para entender melhor a importância do assunto, o Super Vestibular conversou com professores de História que falam sobre o processo da independência e dicas para estudar o tema.

O contexto histórico e a série de acontecimentos do processo de independência fazem parte de uma temática de suma importância para o Enem e vestibulares. Esse processo, segundo o professor de História Afonso Fernandes, possui relevância histórica, social e econômica para o país.

Leia também: Por que o coração de Dom Pedro I não foi enterrado com o corpo?

Bicentenário da Independência: como pode cair no Enem e vestibulares?

Há diversas formas de abordar o bicentenário da Independência nas provas do Enem e de vestibulares. Algumas delas de maneira interdisciplinar, isto é, envolvendo outras disciplinas, conta o historiador Afonso Fernandes.

As questões podem ser mais diretas, referindo-se ao bicentenário, como também contextualizando o processo e as relações entre o passado e presente do país, argumenta o professor.

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Em diferentes regiões brasileiras, ocorreram movimentos que buscaram a independência. Inspirados em ideias iluministas e republicanas, esses acontecimentos podem ser cobrados no Enem e vestibulares, segundo a historiadora Nathália de Freitas, doutora pela Universidade Federal Goiás (UFG). 

Entre os conteúdos relacionados ao assunto que podem ser cobrados, podemos destacar:

A professora aponta também a Revolução Liberal do Porto, que aconteceu em 1820 em Portugal. O evento buscou recolonizar o Brasil e pressionou a volta de Dom Pedro I ao território português. 

Por muitos anos a Independência foi idealizada e romantizada, como mostra a pintura “Independência ou Morte”, de Pedro Américo, lembra Nathália. Para a professora, a construção do nacionalismo a partir da independência pode ser abordada no Enem.

Quadro mostra várias pessoas a cavalo, uma delas, Dom Pedro I, está com o braço erguido.
Obra "Independência ou Morte", de Pedro Américo, feita em óleo sobre tela (1888).
Crédito da Imagem: Reprodução / Ministério das Relações Exteriores - Patrimônio Histórico.

Entre os fatos ressaltados pelo professor Afonso Fernandes estão:

A professora Nathália enfatizou sobre o período após a Independência. Ela destaca o regime monárquico e a continuidade da escravidão.

O professor de História do Instituto Federal do Piauí (IFPI) João Paulo Peixoto Costa destacou como dica aos estudantes o afastamento de lugares-comuns que já foram superados pela historiografia. Ele menciona, por exemplo, que o 7 de setembro não foi a data mais importante.

“A Independência pode ser abordada enquanto um processo que deu início à formação do estado e da nacionalidade brasileiras. A partir dela, é possível tratar de questões como nação e identidade nacional, Constituição e estado de direito, desigualdades sociais e regionais, cidadania e populações subalternizadas”

Professor Dr. João Paulo Peixoto Costa

Linha do tempo da Independência do Brasil
Acontecimentos importantes para o processo de independência do Brasil. 

Para o professor de História Daniel Neves as questões sobre o tema podem ser cobrados de duas formas:

  • Conteúdista/factual: com foco no conhecimento sobre fatos específicos acerca do processo de independência;
  • Crítica/reflexiva: com foco na capacidade de interpretação de maneira mais crítica. Essas questões podem exigir a identificação dos ideais por trás da Independência, como também suas limitações. Quais os avanços conquistados após 200 anos e quais os aspectos que precisam de melhorias.

O historiador Daniel pontua também a importância em compreender o processo de independência de forma mais crítica. Ele exemplifica o fato de que após a Independência, a exploração sobre a população negra se manteve com a continuidade da escravidão. 

De acordo do com o professor é necessário entender que o processo ocorreu para atender os interesses da elite, e que após independente, o país continuou com o sistema político excludente. 

Independência nas Américas

No século XIX, não foi somente o Brasil a se tornar independente. Nesse período, grande parte das colônias americanas instituíram as suas independências, aponta a professora Nathália de Freitas.

É interessante, na perspectiva da pesquisadora, o estudante atentar à lógica dos processos de Independência que ocorreram no continente americano durante o século XIX. A análise desse contexto pode contribuir para o processo de estudo sobre o tema, defende a historiadora.

Outro fato é que o Brasil foi um dos poucos países a adotar o regime monárquico logo após a Independência. As colônias da Espanha, assim que independentes, instituíram o regime republicano.

Saiba mais: Tudo sobre o processo de Independência do Brasil

Projetos de independência

A historiadora Nathália de Freitas destaca como dica fundamental sobre o tema o fato de que não houve somente um projeto de independência no Brasil.

“Cuidado com a versão única, romântica e idealizada da Independência. Ela envolveu vários projetos: republicanos, abolicionistas, populares, elitistas e  monarquistas. E ela vai contar não só com a participação de homens, mas também de mulheres.”

Professora Dra. Nathália de Freitas

Entre as mulheres que participaram do processo, a historiadora destaca: Maria Felipa, Maria Quitéria e Joana Angélica.

Confira nos links abaixo videoaulas para estudar sobre o tema:

Período Joanino e Independência do Brasil

Conheça a história de Maria Quitéria

Confira demais temas sobre a História do Brasil

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