O governo federal levantou uma nova exigência para candidatos que desejam concorrer a bolsas de estudos fora do país pelo programa Ciência Sem Fronteiras que motivou protestos por parte de estudantes do ensino superior que já cursam há mais de quatro anos. Segundo os editais que foram divulgados hoje, 04 de junho, e que contém regras para o intercâmbio nos Estados Unidos, Japão, Hungria, Canadá e Alemanha, é necessário que o candidato tenha obtido nota igual ou superior a 600 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em testes realizados após o ano de 2009.
Baixe aqui os editais para o programa Ciência Sem Fronteiras em cinco países
Aqueles universitários que ingressaram em suas respectivas instituições e não realizaram o Enem afirmam que agora, com a medida, serão obrigados a passar pelas provas do Exame para poderem concorrer às bolsas. O que eles temem é que mesmo passando pela prova marcada para o mês de outubro, não dê tempo de conseguirem se classificar, já que é provável que os resultados da edição 2013 não sejam divulgados a tempo.
Mesmo com a reação e manifestação dos candidatos, o governo federal afirmou que vai continuar utilizando as exigências estabelecidas, entre elas a da utilização da nota do Enem e que não abrirá mão das regras anunciadas e, avaliou ainda, que o Exame passou a ser utilizado por instituições estrangeiras como ferramenta para mensurar a qualidade e nível de estudantes brasileiros para aceitação e alocação em seus cursos.
Em protesto, muitos universitários utilizaram as redes sociais para posicionar a indignação com a nova exigência. Dentre os pedidos está o de que a obrigatoriedade do Enem comece somente a partir de 2015, já que eles imaginam que no ano em questão grande parte dos universitários em atividade já terão se submetido ao Exame. Também foram criados abaixo-assinados via internet reivindicando a mudança da medida.
De acordo com a regra do programa federal Ciência sem Fronteiras, podem se candidatar as vagas estudantes que tenham concluído pelo menos 20% e no máximo 90% da grade curricular de sua respectiva graduação. Para saber mais sobre o Ciência sem Fronteira clique aqui.