UEPG muda política de cotas para o ingresso nos cursos de graduação a partir de 2015
Os vestibulares 2014 terão reserva de vagas apenas para estudantes que tenham cursado o ensino fundamental e médio, integralmente, na escola pública.
A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) divulgou na última segunda-feira, 25 de novembro, que irá mudar a política de cotas para o ingresso nos seus cursos de graduação a partir de 2015. Assim, os vestibulares de 2014 para o ingresso em 2015 terão reserva de vagas apenas para estudantes que tenham cursado o ensino fundamental e médio, integralmente, na escola pública, deixando de existir as cotas para negros oriundos da rede pública.
A pró-reitora de Graduação, Graciete Tozetto Góes, relatora da matéria na sessão do Conselho Universitário, lembra que a UEPG é pioneira no estado do Paraná na implantação das chamadas políticas afirmativas, entre as quais se inclui o sistema de cotas para negros e estudantes da escola pública. O regime de cotas foi implementado em 2006, para ingresso em 2007, com prazo de validade de oito anos (2014), ao final do qual o sistema seria avaliado, e então decidido pela sua continuidade ou não.
A proposta elaborada pela Comissão de Acompanhamento da Política de Cotas, criada pela UEPG, e encaminhada à Pró-Reitoria de Graduação, e posteriormente levada ao Conselho Universitário, contemplava as seguintes alternativas:
1- Manter a política de cotas na UEPG por mais oito anos;
2- Manter cotas para estudantes oriundos de escola pública – exigindo que o candidato tenha realizado todo ensino fundamental e todo o ensino médio em escola pública da esfera municipal, estadual ou federal;
3- Manter a cota para estudante negro oriundo de escola pública - que tenha realizado todo ensino fundamental e todo o ensino médio em escola pública da esfera municipal, estadual ou federal.
Somente no que se refere aos percentuais, a relatora apresentou proposta diferenciada da proposição do grupo de trabalho, de manter 57% para sistema de cotas e 43% para sistema universal. A relatora propôs 50% para sistema de cotas e 50% para sistema universal.
No encaminhamento dos trabalhos, o Conselho de Ensino e Pesquisa da UEPG (CEPE), apresentou proposta na qual se extinguiria a cota para negros oriundos de escola pública, estipulando-se percentual de 50% das vagas para sistema de cotas da escola pública e 50% de vagas para o sistema universal, com redução de 5% ao ano no percentual de vagas para o sistema de cotas, até um piso de 35%.
Por fim, o Conselho Universitário aprovou a manutenção da política de cotas, saindo vencedora a proposta do CEPE, com percentual de 50% das vagas para cada uma das cotas (escola pública e universal), com um redutor de 5% ao ano, no percentual da cota da escola público, até o limite de 35%. A referida política terá duração de oito anos, com revisão de percentuais ao final do quarto ano.