A graduação em Engenharia de Alimentos envolve técnicas de produção, conservação e armazenamento dos alimentos industrializados.
O profissional da área desenvolve sua função na indústria de alimentos através do controle das matérias-primas, processamento e controle de qualidade, desenvolvendo e elaborando projetos de instalações e processos de produção.
O engenheiro de alimentos trabalha no estudo e na pesquisa das reservas de agricultura, da pecuária e da pesca; acompanha o processo de produção dos produtos como leite, legumes, frutas, cereais, verduras, carnes, etc.
Além disso, também pode projetar as máquinas e tecnologias relacionadas a esses processos. Para isso ele combina conhecimentos de diversas áreas, como física química, biologia e matemática.
Tópicos deste artigo
- 1 - Público-alvo de Engenharia de Alimentos
- 2 - Mercado de Trabalho de Engenharia de Alimentos
- 3 - Formas de Atuação de Engenharia de Alimentos
Público-alvo de Engenharia de Alimentos
Para ingressar no curso de Engenharia de Alimentos é necessário ter um grande interesse em assuntos sobre economia e administração e ter bastante domínio em disciplinas como matemática, química, física e biologia.
Além disso, o profissional precisa estar em constante atualização sobre as tendências e as novas tecnologias do mercado. É importante também apresentar capacidade de concentração, de gerenciamento, organização, criatividade e ser muito meticuloso.
O curso de Engenharia de Alimentos
O Curso de Engenharia de Alimentos foi reconhecido pelo MEC em 1971, passando então a possuir uma formação voltada para as tendências do mercado de consumo dos alimentos, conservação e produção dos produtos alimentícios.
A grade curricular dos dois primeiros anos da graduação é baseada nas disciplinas de matemática, química, físico-química e termodinâmica. Após esse período o currículo se aprofunda em matérias mais específicas como: nutrição, matérias-primas, microbiologia, biologia, estatística, economia, administração, cálculo, bioquímica, tecnologias de engenharias de alimentos.
Duração média do curso de Engenharia de Alimentos
Bacharelado – 10 semestres
Mercado de Trabalho de Engenharia de Alimentos
O mercado de trabalho para um Engenheiro de Alimentos é muito amplo, pois com o passar do tempo as pessoas tem buscado cada vez mais alimentos industrializados. Além disso, tem ocorrido um grande aumento no número de empresas multinacionais de produtos alimentícios.
No Brasil, as regiões Sul e Sudeste são destaques nas buscas por contratações de engenheiros civis, pelo fato de serem as regiões que mais abrigam indústrias alimentícias.
Nos últimos anos as grandes redes de supermercados e as de fast food tem gerado o aumento na quantidade de contratações de engenheiros alimentícios, onde os profissionais são responsáveis pelo controle de qualidade dos produtos de marca própria (embalados pelo supermercado).
Outro setor que tem beneficiado o crescimento da profissão é o marketing de alimentos, devido aos conhecimentos que o engenheiro possui sobre alimentação, aditivos e equipamentos.
Além disso, o crescimento da profissão leva ao aumento da demanda dos cursos de graduação da área, abrindo oportunidades para professores universitários.
Formas de Atuação de Engenharia de Alimentos
O engenheiro de alimentos atua em indústrias que trabalham com máquinas e produtos alimentícios, podendo ser empreendedores, consultores, gerentes, supervisores, etc; de restaurantes ou empresas de produção de alimentos.
Geralmente no início da carreira os recém-formados desenvolvem atividades técnicas de supervisão em empresas de iniciativa privada ou em instituição de ensino e pesquisa. Com a evolução da vida profissional o engenheiro assume cargos de direção e muitas vezes de comando organizacional.
Na maioria das vezes, quando o profissional chega ao topo do seu crescimento na profissão, ele abre uma empresa de consultoria ou assessoria para auxiliar no mercado de trabalho.
Campos de Atuação de Engenharia de Alimentos
Armazenamento e transporte
Estudo o processo de preparação dos alimentos buscando a garantia de qualidade do produto acabado
Automação de processos
Planejamento e implantação de linhas automatizadas de produção
Consultoria
Prestação de assessoria, desenvolvimento de produtos e implementação de sistemas de controle de qualidade
Controle de qualidade dos alimentos
Organização e inspeção dos processos que garantem a e qualidade das matérias-primas e dos produtos processados nas indústrias alimentícias
Pesquisa e desenvolvimento de produtos e embalagens
Criação de novos alimentos e aperfeiçoamento dos alimentos que já estão no mercado
Planejamento e projetos
Verificação e avaliação da viabilidade de construções de novas indústrias; além de estudar as oportunidades do mercado de trabalho
Produção
Seleção de máquinas e equipamentos de fábrica, desenvolvimento e aperfeiçoamento dos processos de produção, administração das equipes e das etapas de produção visando amento de produtividade, redução os custos e garantia da qualidade do trabalho
Tratamento de resíduos
Desenvolvimento de métodos de descarte e reciclagem dos resíduos da indústria visando a sustentabilidade e a proteção do meio ambiente
Vendas técnicas e marketing
Visualização da comercialização de matérias-primas, ingredientes e equipamentos para a indústria alimentícia através do desenvolvimento da própria indústria
Regulamentação da profissão de Engenharia de Alimentos
No Brasil a profissão de Engenheiro de Alimentos é regulamentada pela Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, Resolução nº 208, de 9 de junho de 1972, e Resolução nº 218, de 29 de junho de 1973.
Quantidade média de profissionais da Engenharia de Alimentos
Atualmente estima-se que existam cerca de 40 mil profissionais atuando no mercado de trabalho em todo o país.
Remuneração média de Engenharia de Alimentos
R$ 2 mil a R$ 3,5 mil para profissionais recém-formados.
Exigências para exercício da profissão
Para exercer a profissão o profissional precisa ser graduado em engenharia de alimentos e estar registrado no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea)