O Ministério da Educação (MEC) divulgou no início da noite de sexta-feira, 04 de dezembro, que criará o Sistema de Seleção Unificada (SiSU) para vagas remanescentes. A medida foi tomada após o órgão notar o aumento expressivo de matrículas, anunciado pelo Censo da Educação Superior de 2014, e a quantidade de vagas ociosas nas instituições de ensino superior federais.
Há, pelo menos, 114 mil vagas ociosas, de acordo com o Ministério, mesmo após as chamadas do SiSU e das próprias universidades. A medida tem o intuito de zerar essa demanda não utilizada.
“Nós queremos todas essas vagas preenchidas com um critério transparente, republicano e meritocrático de acesso. Para isso, vamos mudar o mecanismo de repasse de verba para as instituições federais. O MEC não repassará recurso por vaga, mas sim por matrícula efetivamente realizada. Com o mesmo recurso que nós temos hoje, podemos ter 100 mil alunos a mais nas universidades federais”, afirmou o Ministro da Educação, Aloizio Mercadante, durante coletiva de imprensa em Brasília.
Ainda de acordo com o Ministro, com todas as instituições de ensino superior públicas federais (estaduais e municipais) aderindo, o montante de vagas aumentará para até 150 mil. Com isso, serão mais de 6 milhões de estudantes tendo a oportunidade de ingressar numa instituição pública.
Critérios
Serão utilizados cinco critérios de acesso, sendo o primeiro deles a nota do candidato no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Além desse, também será utilizado o desempenho acadêmico do estudante em sua respectiva instituição de ensino e a qualidade do curso de onde se quer mudar. Também será avaliado se o candidato é da região de onde está a instituição desejada ou se ele já possui alguma graduação.
O objetivo com o novo sistema é que não haja cadeiras vazias no ensino superior público federal, que no momento já possui 1.180.068 vagas, com praticamente nenhum custo adicional. A previsão é que o SiSU das vagas remanescentes seja lançado ainda no primeiro semestre de 2016.
*com informações do MEC