Foi presa pela Polícia Civil de Minas Gerais nesta segunda-feira, 24 de novembro, uma outra quadrilha que tentava fraudar o vestibular para o curso de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, situada em Belo Horizonte, e que aplicou provas no último final de semana.
Foram detidas o total de 33 pessoas e, segundo as investigações, o grupo agia da seguinte forma: Os membros da quadrilha faziam parte das provas bem rápido e saia com os resultados das questões para serem repassadas para outros candidatos, através de transmissão eletrônica. Era cobrado de R$ 70 a R$ 200 mil por cada vaga.
O delegado responsável pela investigação, Jeferson Botelho, disse que era usado um moderno sistema de transmissão de dados e que o aparelho teria sido comprado na China, no valor de 200 mil dólares, o equivalente a R$500 mil, aproximadamente.
O vice-diretor da Universidade, Marcelo Miranda, afirmou também que a instituição estava ciente da fraude e por conta disso é que acionou a polícia para desarticular a quadrilha. Ele disse ainda que o vestibular será mantido e a segurança do certame resguardada.
Ao todo, 22 candidatos e mais 11 integrantes da quadrilha foram detidos. Todos os envolvidos foram levados para a sede do Ministério Público. A Polícia também investiga se estas pessoas também estavam envolvidas em fraudes nas provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Uma outra quadrilha no Nordeste também foi presa este mês, com suspeitas de ter fraudado as provas do Enem. A Operação chamada pela polícia de Apollo iniciou as investigações há cerca de 13 meses. A Operação Hemostoase II, que vem sendo feita pela Polícia Civil em parceria com o Ministério Público de Minas Gerais, já dura sete meses e tem como objetivo investigar a participação dos criminosos em fraudes também na prova do Enem em cinco estados e em outros vestibulares de medicina pelo país.
A Operação Hemostase I já havia desarticulado uma quadrilha que também fraudava vestibulares de medicina. Na época, foram levantados indícios de fraude também no Enem e, com isso, o caso foi repassado para a Polícia Federal.