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Estudantes da UFES denunciam fraude no sistema de cotas do Vestibular

Um processo administrativo foi instaurado pela Universidade a fim de apurar as denúncias

Publicado por Érica Caetano
01/03/2016 11h58 , atualizado em 01/03/2016 12h06

A Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) divulgou no último dia 25, por meio de nota, que investigará as denúncias de fraudes em seu sistema de reserva de vagas na modalidade de cotas para pretos e pardos, através de processo administrativo.

Tudo começou no início do mês de fevereiro, quando o Coletivo Negrada, uma organização de estudantes universitários negros e indígenas da UFES, entrou com denúncias no Ministério Público Estadual e Federal (MP-ES e MPF) alegando fraude de alguns vestibulandos do Vestibular 2016 da Universidade, no que diz respeito a autodeclaração etnicorracial.

Segundo a organização, alguns candidatos utilizaram da subjetividade do termo “pardo” pertencente a cota PPI (Pretos, Pardos e Indígenas) para se beneficiarem em cursos mais concorridos da UFES, como é o caso das graduações de Medicina, Enfermagem, Odontologia, Arquitetura e Urbanismo, Direito, Psicologia, Engenharias dentre outros.

Após inúmeras denúncias chegarem até o Coletivo Negrada, a organização buscou nas redes sociais os perfis de alguns dos aprovados dentro desta modalidade e constataram que os mesmos não possuem características de negros e, mesmo assim, foram aprovados dentro do sistema de cotas.

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Mirtes Santos, membro do Coletivo, afirmou que “a UFES não tem banca de avaliação para fiscalizar a autodeclaração. Se a pessoa declara algo falso, isso é crime, está fraudando um documento.” Um abaixo-assinado do assunto também foi publicado no Portal Petição Pública e até o momento já possui mais de 200 assinaturas. Veja aqui!

A UFES informou que irá apurar, sob o ponto de vista jurídico e fático, se os fatos classificados na denúncia são realmente fraudulentos. Se após o devido processo legal seja comprovada a violação da Lei Federal de Reserva de Vagas dentro do processo seletivo da UFES, os estudantes que tiverem praticado irregularidades terão suas matrículas anuladas, com o consequente desligamento da Universidade.

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