Programas de Mobilidade Acadêmica são destinados aos estudantes que desejam frequentar outra instituição por um tempo limitado. Os motivos dessa mudança de cidade, estado ou até de país podem são diversos, mas uma das razões principais é a oportunidade de estudar, mesmo que por poucos semestres, em algumas das universidades consideradas referência em determinada área de atuação.
Os alunos que optam por viver essa experiência, normalmente, se dividem em dois grupos: os que viajam inteiramente por sua própria iniciativa, e os que optam por participar de programas de intercâmbio vinculado à instituição. Um desses é o programa de Mobilidade Estudantil, criado em 2003 através de um convênio estabelecido entre as Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) e a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). O objetivo é facilitar e regulamentar a relação de reciprocidade entre as instituições conveniadas no que se refere à mobilidade de alunos de graduação, que podem trocar de universidade por até 2 semestres.
Estudantes podem utilizar o programa para estudar um tempo em outra faculdade
Para os graduandos que escolhem participar dos programas, é preciso se submeter à avaliações e ter o currículo selecionado. As vagas são restritas – em 2014 foram 774 em 122 cursos - e o processo é concorrido como o vestibular.
As principais universidades do país aceitam hoje o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como critério de seleção nos cursos de gradação. A adesão é favorável àqueles que pensam em mudar de estado para dar andamento a vida acadêmica. Mas, quem opta por partir para novos ares deve saber que, além de ser aprovado no vestibular do programa, serão impostos uma série de desafios.
Antes de mudar, os estudantes podem checar se a sua futura universidade oferece alojamentos próprios. Caso isso não ocorra, o estudante pode escolher entre alugar um imóvel ou ingressar numa republica. Sites como o Agente Imóvel (www.agenteimovel.com.br/aluguel/) possuem seções de alugueis que podem facilitar a procura e, ainda, servir de referencia para pesquisa do custo de vida na região pretendida, aspecto importante a ser levado em consideração.
Para tentar diminuir o problema de alunos que não têm como se manter fora de suas cidades natais, o Ministério da Educação (MEC) criou o Programa Nacional de Bolsa Permanência para estudantes de graduação de universidades e institutos federais. O governo destina R$ 400 mensais a alunos com renda familiar média per capita de até 1,5 salário mínimo durante o período do curso.
Como opção também existem ONGs que apoiam os estudantes, organizações sem fins lucrativos – como a Fundação Estudar, com sede em São Paulo – são destinadas a ajudar quem está com dificuldades financeiras para arcar com os estudos, seja com despesas de mensalidade ou de moradia. Todos os anos, a Estudar seleciona, em média, 30 bolsistas que recebem auxílio em dinheiro e uma espécie de "mentoria profissional" (orientação e acompanhamento sobre carreira, com dicas profissionais e de mercado).
As inscrições para o Promobe – como também é conhecido o Programa de Mobilidade Estudantil - são realizadas através do site da Assessoria de Relações Internacionais, responsável por intermediar o diálogo entre as instituições conveniadas.