A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) anunciou na noite de ontem, 25 de setembro, a implantação de medidas de acompanhamento das ações afirmativas após denúncias de fraudes no sistema de cotas.
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O posicionamento da UFMG veio após a divulgação da reportagem da Folha de São Paulo que denunciou estudantes brancos se passando por negros e pardos para entrarem na universidade pelas cotas raciais. O veículo mostrou na denúncia os alunos de Medicina Vinicius Loures, Bárbara Facchini e Rhuanna Laurent.
A estudante Rhuanna Laurent se pronuciou sobre a acusação em uma rede social. No entanto, excluiu seu perfil após a publicação.
Medidas
A UFMG se pronunciou por meio de uma nota em seu site, na qual informa que os casos de supostas fraudes foram denunciados em julho e as investigações seguem em sigilo.
Para 2018, a UFMG exigirá dos estudantes que se autodeclararem pretos, pardos ou indígenas o preenchimento presencial da autodeclaração de etnia, na qual eles deverão indicar o motivo pelos quais se reconhecem como pertencentes a um destes grupos étnicos.
Em relação à renda, a UFMG já faz a conferência das informações dos candidatos por meio de documentos e comprovantes no momento da matrícula institucional.
Ingresso na UFMG
O ingresso na UFMG é feito pelo Sistema de Seleção Unificada (SiSU), método que exclui a realização de provas e utiliza apenas as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
As vagas oferecidas pela UFMG se dividem em ampla concorrência; estudantes de escolas públicas independente de renda e etnia; alunos da rede pública com renda familiar de até 1,5 salário mínimo por pessoa; estudantes de escolas públicas de baixa renda autodeclarados pretos pardos e indígenas; alunos da rede pública autodeclarados pretos, pardos e indígenas que não são de baixa renda.
Apenas os cursos que exigem a verificação de habilidades específicas não participam do SiSU. Neste caso, a parte teórica geral é avaliada pelas provas do Enem e testes específicos são aplicados pela UFMG.
Mais informações no site da UFMG.