A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no interior de São Paulo, aprovou na última terça-feira, dia 30 de maio, a implementação de cotas étnico-raciais a partir do Vestibular 2019. Um grupo de trabalho será constituído para elaborar uma proposta com base nas informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), podendo ser complementada por outros critérios adicionais.
No projeto consta que, a exemplo da Lei 12.711 de 2012, deve ser feita a reserva de metade das oportunidades para estudantes oriundos da rede pública de educação. Além disso, destinar parte das vagas para estudantes autodeclarados pretos, pardos e indígenas.
As mudanças serão gradativas e devem começar no Vestibular de 2019, para isso será necessário que o grupo de trabalho constituído elabore um relatório de implementação que deve ser debatido em colegiados específicos na universidade. Em novembro, o Conselho Universitário (Consu), órgão máximo deliberativo da Unicamp, deve tomar a decisão final.
SiSU
Outra proposta que será avaliada é a possibilidade de oferta de vagas nos cursos de graduação da Unicamp pelo Sistema de Seleção Unificada (SiSU). Neste sistema, organizado pelo Ministério da Educação (MEC), o critério é a nota obtida pelo candidato no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Caso o projeto seja aprovado, a oferta de oportunidades pelo SiSU será parcial. As demais vagas devem ser preenchidas pelo processo seletivo organizado pela Comissão Permanente paras os Vestibulares (Comvest).
Ações Afirmativas na Unicamp
Atualmente a universidade conta com duas ações afirmativas que devem ser mantidas e aprimoradas dentro deste novo processo. O Programa de Ação Afirmativa (PAAIS) concede bônus nas notas das duas fases para estudantes de escolas públicas e autodeclarados pretos, pardos ou indígenas.
Além disso, o Programa de Formação Interdisciplinar Superior (ProFIS), garante uma vaga por escola de Campinas e utiliza o desempenho do candidato no Enem.