O Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou na manhã desta sexta-feira, 23 de outubro, em Brasília-DF, os dados do Censo da Educação Superior 2019.
Dentre os números disponibilizados, o referente a quantidade de matrículas teve destaque, já que houve um crescimento de 43,7% no número destas em 10 anos, passando de 5,9 milhões de estudantes matriculados para 8,6 milhões.
Desse total, 75,8% das matrículas nos cursos de graduação são em instituições de ensino superior privadas, o equivalente a 6.523.678 estudantes, e 24,2% na rede pública, 2.080.146 alunos.
Comparando os anos de 2009 e 2019, o aumento no número de matrículas foi de 47,3% na rede privada e de 36,5% na rede pública. Entre as instituições públicas, a rede federal apresentou o maior crescimento em suas matrículas no período de 10 anos, com o percentual de 59,1%.
Nos estados do Tocantins, Paraíba e Rio Grande do Norte o número de matrículas na rede pública é praticamente igual à rede privada.
Modalidade de Ensino
O aumento significativo no número de matrículas está ligado em grande parte aos cursos ministados a distância, conhecidos também como Educação a Distância (EaD). A quantidade de estudantes que ingressaram nesta modalidade de ensino aumentou quase 5 vezes em 10 anos, passando de 332.469 para 1.592.184.
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Qual o público dos cursos a distância?
Entre 2009 e 2019, as matrículas nestas graduações aumentaram 192,4%, enquanto na modalidade presencial o crescimento foi de 20,3% durante o mesmo período.
O crescimento do EaD também foi impulsionado pelo aumento da procura por cursos tecnológicos. Enquanto em 2009 o número de matrículas em cursos tecnológicos a distância era de 28,5%, em 2019 passou para quase 60%. Em 10 anos, as matrículas em cursos tecnológicos EaD cresceram 266,5% e em cursos presenciais cresceu apenas 5,4%.
Os cursos tecnológicos são aqueles que possuem uma duração menor do que as graduações tradicionais e se tornaram uma boa opção para aqueles que desejam ter curso superior em um curto espaço de tempo. Esses cursos são concluídos em dois anos e meio, enquanto os bacharelados e licenciatura duram de quatro a seis anos.
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Em 2018, o número de ingressantes em cursos tecnológicos foi maior que em cursos de licenciatura pela primeira vez. Isso também aconteceu em 2019, com 22,7% de novas matrículas em cursos tecnológicos contra 20,2% em cursos de licenciatura. Apesar do crescimento dos cursos tecnológicos, os bacharelados continuam sendo os de maior preferência dos vestibulandos, tendo participação de quase 57,1% das novas matrículas.
Mais detalhes sobre os números completos do Censo da Educação Superior 2019 podem ser buscados no site do Inep.