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Dicas sobre Escravidão no Brasil para o Enem

As dicas sobre Escravidão no Brasil para o Enem devem levar em conta o contexto da economia açucareira, bem como a análise da situação dos negros no Brasil.

Publicado por Cláudio Fernandes
O tráfico de escravos africanos era tão lucrativo quanto a economia açucareira
O tráfico de escravos africanos era tão lucrativo quanto a economia açucareira

Olá pessoal, tudo bem?

No texto de hoje apresentaremos a vocês algumas dicas sobre o tema da Escravidão no Brasil para o Enem, bem como faremos a análise de uma questão de 2012 referente a esse tema.

O tema da Escravidão no Brasil vem sendo abordado nas provas do Enem de variadas formas, e é preciso ficar atento a estas abordagens. Para tanto, é preciso também conhecer bem as características da colonização brasileira, operada pelos portugueses, sobretudo a partir da década de 1540, e a montagem da estrutura da economia açucareira no Nordeste do Brasil, que se valeu da mão de obra escrava negra.

Como se sabe, ao contrário da Espanha, que encontrou metais preciosos na América Central logo no início de sua colonização, Portugal só se dedicou efetivamente à extração de minérios a partir do século XVIII. Antes disso, a extração de pau-brasil e, sobretudo, a montagem da sociedade estruturada em torno da produção e comercialização de açúcar, tornaram-se o motor na economia da colônia. A figura do escravo negro passou a integrar, neste período, o cenário da sociedade açucareira, já que a escravidão dos índios nativos não era tão lucrativa quanto à comercialização de escravos trazidos da África, que, em grande parte, eram vendidos pelos próprios reinos Africanos.

Além disso, um dos pontos que acentuam as diferenças entre escravidão indígena e escravidão africana é o fato de que os colonos que viviam no Brasil tiveram que se submeter ao esquema mercantil do tráfico negreiro internacional, que era controlado pela metrópole portuguesa. Soma-se a isso o fato de que havia uma grande diferença entre os diferentes tipos de escravos no Brasil, que eram provenientes de várias regiões da África como dos reinos do Congo, Benin e Mali.

A questão do Enem de 2012, que analisamos aqui, está no caderno azul 1, número 40, e refere-se estritamente à situação dos negros no período do Brasil Colonial. A questão está estruturada a partir de um trecho extraído de um dos Sermões do padre Antônio Vieira, jesuíta, um dos principais oradores e escritores do período colonial brasileiro, e exige que o candidato assinale a alternativa que esteja relacionada ao que está descrito no texto de Vieira. Veja abaixo (a alternativa correta está marcada na cor verde):


A questão acima aborda a Escravidão no Brasil a partir de um texto do padre Antônio Vieira

Perceba que o trecho do Padre Vieira traça uma comparação entre a Paixão de Cristo, isto é, o período de sofrimento e morte por crucificação de Jesus Cristo, segundo a tradição cristã, e o sofrimento dos escravos que trabalhavam nos engenhos de açúcar no período colonial brasileiro. Vieira estabelece um paralelo entre a cruz de Cristo e o tronco no qual os escravos ficavam aprisionados, bem como compara também os ferros, os açoites e todo o processo da Paixão até a morte de Jesus. Por fim sugere que, do mesmo modo que Cristo padeceu martirizado, os escravos, por seu sofrimento também padecerão merecendo o martírio.

É necessário interpretar bem o texto e perceber a intenção da questão. Este é um tipo de questão cujas alternativas não geram ambiguidades e é razoavelmente fácil de ser respondida se o texto for bem lido e compreendido. Repare que das cinco alternativas, as letras A, B e D, apesar de se referirem a aspectos corretos do contexto da economia açucareira, não possuem nenhuma conexão com o conteúdo do texto de Vieira. Tratam apenas da posição dos senhores de engenho, comerciantes, administradores, etc., e não da situação dos escravos.

Já a letra C refere-se aos padres jesuítas, ordem da qual fazia parte Antônio Vieira, e que desde o começo da colonização estiveram sempre presentes em terras brasileiras, porém a alternativa se restringe a sugerir um suposto “sofrimento dos jesuítas na conversão dos ameríndios (isto é, os nativos indígenas).” Sendo assim, não há referência explícita ao conteúdo do texto de Vieira, também. A alternativa correta, a letra E, é a única que se refere explicitamente aos escravos (ainda que não especifique que se trata de escravos negros e não de indígenas) e, precisamente, “ao trabalho dos escravos na produção de açúcar” - especificando o contexto do texto de Vieira.

É isso aí, pessoal. É preciso ficar muito atento aos textos explorados nas questões do Enem. Nem sempre as alternativas são simples. Uma leitura superficial pode gerar confusão e a consequente marcação de uma alternativa incorreta. Uma boa preparação paras as provas de Ciências Humanas do Enem requer leitura atenta e profunda.

Bons Estudos!

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