Resultado do SiSU 2020/1 já pode ser conferido
Convocados deverão comparecer às universidades entre os dias 29 de janeiro e 04 fevereiro
O Ministério da Educação (MEC) soltou nesta terça-feira, 28 de janeiro, o resultado da primeira edição de 2020 do Sistema de Seleção Unificada (SiSU).
Apesar da Justiça Federal ter suspendido a divulgação do resultado, o Superior Tribunal de Justiça (STF) autorizou a liberação das listas de selecionados no final da tarde de hoje.
Conforme o cronograma inicial, os convocados no SiSU deverão comparecer às universidades entre os dias 29 de janeiro e 04 fevereiro, em horários e locais de atendimento definidos por cada instituição em seu edital próprio.
Segundo o MEC, o SiSU 2020/1 teve 1.795.211 inscritos e 3.458.358 inscrições, considerando as duas opções de curso. Em relação ao ano passado, houve uma ligeira queda. A edição 2019/1 recebeu 3.492.751 inscrições feitas por 1.823.871 inscritos.
Lista de espera
Se o cronograma for mantido, o prazo para a lista de espera do SiSU será o mesmo em que os selecionados deverão se matricular, ou seja, de 29 de janeiro e 04 de fevereiro.
Os candidatos não aprovados em nenhuma das opções de vagas poderão manifestar interesse na lista de espera do SiSU, Neste caso, os estudantes deverão indicar uma das duas opções escolhidas no momento da inscrição.
Poderão participar da lista de espera apenas os candidatos que não forem selecionados em nenhuma das duas opções de cursos na chamada regular. A convocação dos candidatos em lista de espera pelas instituições ocorrerá de 07 de fevereiro a 30 de abril.
Leia mais sobre a Lista de Espera do SiSU
As chamadas da lista de espera serão divulgadas pelas próprias instituições de oferta das vagas. Neste caso, cada universidade deve divulgar editais, com prazos e procedimentos específicos.
SiSU 2020/1
O SiSU ofereceu 237.128 vagas em 128 instituições públicas de ensino superior. No total, são 1.652 vagas a mais que a mesma edição do ano passado, que ofereceu 235.476 vagas em 129 instituições.
As vagas do SiSU estão divididas entre ampla concorrência e sistema de cotas. No caso das instituições federais, pelo menos metade das vagas é reservada para estudantes que fizeram todo o ensino médio na rede pública, de acordo com a Lei nº 12.711/2012 (Lei de Cotas).
Algumas instituições também possuem programas de ações afirmativas que podem reservar vagas ou conceder bônus para diversos grupos de candidatos. A Universidade Federal do Pará (UFPA), por exemplo, concede bônus para candidatos da Região Norte.
Somente puderam se inscrever os candidatos que fizeram o Enem 2019. As notas do exame educacional foram publicadas no dia 17 de janeiro. Somente foram válidas as inscrições dos participantes que obtiveram nota acima de zero na redação.
Reclamações
Desde o início das inscrições para o SiSU 2020/1, o clima é de reclamações por parte dos candidatos, especialmente nas redes sociais. No primeiro dia, durante algumas horas, não constava no site do sistema o link para fazer as inscrições.
No segundo dia, foram liberadas as notas de corte, as quais foram consideradas muito acima do esperado, não só em Medicina - carreira tradicionalmente mais procurada - como em cursos de graduação de várias áreas.
No terceiro dia, o número de reclamações cresceu consideravalmente, chegando a ser criada no Twitter a hashtag #ErronoSiSU, que permaneceu entre os assuntos mais comentados durante toda a tarde.
Os estudantes acreditavam que havia erro no SiSU, pois os usuários estavam sendo aprovados nos dois cursos selecionados, o que fez com que as notas mínimas para entrar estivessem cada vez mais altas.
No final da tarde da última sexta-feira (24), o ministro da Educação, Abraham Weintraub, publicou vídeo em sua conta pessoal do Twitter informando que não havia erro algum e que o sistema muda a cada momento.
Weintraub ainda acusou usuários da rede social de estar espalhando mentiras e terror para os candidatos do SiSU 2020/1. Ele culpou também "partidos esquerdistas" de estar criando contas no Twitter para disseminar medo aos estudantes.
Entenda o caso
No dia 18 de janeiro, um dia depois da divulgação do resultado do Enem 2019, o MEC informou que parte das notas do Exame estavam com erro. Segundo o governo, o erro foi da gráfica que passou a imprimir as provas no ano passado.
Já no dia 20, o ministério divulgou que as notas de cerca de 6 mil estudantes, o que representa 0,15% do total de presentes - 3,9 milhões - a maioria de quatro cidades da Bahia e Minas Gerais - tinham apresentado problemas, mas que elas já tinham sido corrigidas e podiam ser consultadas no site do Enem.
Devido as polêmicas envolvendo as notas erradas do Enem 2019, o prazo de inscrições do SiSU 2020/1 acabou sendo estendido de 21 a 24 de janeiro para 21 a 26 do mesmo mês.
No sábado, dia 25, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) pediu a suspensão da divulgação do resultado do SiSU devido aos problemas com as notas do Exame. A Advocacia Geral da União (AGU), representando o MEC, entrou com recurso, mas a decisão foi mantida pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) no domingo (26). Contudo, o prazo de inscrições não seria alterado.
A AGU decidiu, então, recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) ou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Para mais informações, acesse o Edital do SiSU 2020/1 ou a página do SiSU.