Estudar e compreender o homem e as relações que ele estabelece com os demais, valorizando o respeito à diversidade biológica, social e cultural. Essas são as principais atribuições dos graduados em Antropologia.
O profissional que trabalha nessa área é chamado de Antropólogo e analisa as mudanças pelas quais passa o homem e a organização social, política, econômica e cultural na qual ele está situado. Para desenvolver essa atividade, o antropólogo pode atuar nas áreas de pesquisa, acadêmica, consultoria, entre outras.
Até 2005, quase não havia cursos de graduação em Antropologia. A formação se dava no curso de Ciências Sociais, com ênfase ou habilitação em Antropologia. Em 2015, já é possível encontrar faculdades específicas da carreira. De acordo com o e-MEC, ela é oferecida nestas dez universidades brasileiras: UFF, UFSC, UFMG, UFPel, UFAM, Unilab, UFOPA, UFPB, UFRR e Unila.
Público-alvo
Os futuros antropólogos devem gostar da estudar a diferença entre os homens, respeitar outras formas de dar sentido ao mundo e ter curiosidade para sair do mundo deles e entender como os outros pensam e vivem. Para isso, é necessário ter interesse pela história, capacidade de análise e interpretação e espírito investigativo.
O curso
Nos primeiros anos, os alunos estudam disciplinas gerais, como economia, sociologia, ciência política, história e política. No restante da graduação em Antropologia, eles cursam matérias mais específicas, como cultura brasileira, etnologia, etnografia e as diversas áreas da antropologia.
Duração média
Em média: 8 semestres (4 anos)
Mercado de trabalho
A maioria dos profissionais costuma atuar no desenvolvimento de análises e pesquisas voltadas à sociedade humana. Nessas investigações, eles produzem conhecimento sobre as diferentes formas de organização social e o modo como populações e grupos pensam e agem sobre o mundo. Um dos tipos de pesquisas é a etnografia, a qual é baseada em longa permanência com os grupos estudados.
Os antropólogos também têm a opção de seguir carreira acadêmica ou trabalhar em ministérios públicos, Organizações não governamentais (Ongs), órgãos do poder executivo como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Fundação Nacional do Índio (Funai), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), entre outros.
O profissional pode atuar, ainda, como consultor de empresas, realizando pesquisas de mercado, como assessor ou implantador de serviços de documentação e informação relativos ao patrimônio cultural ou na elaboração e implementação de políticas e programas públicos.
Campos de atuação
Ensino
(aulas para cursos de graduação, mestrado ou doutorado)
Pesquisa
(atuação em centros de pesquisa)
Análise
(investigação de políticas de segurança pública, saúde coletiva, direitos humanos, diversidade de gênero e sexualidade, educação, etc.)
Consultoria
(prestação de serviços para empresas, tais como pesquisa de mercado e análise das preferências e comportamentos do consumidor)
Publicações
(livros, artigos, ensaios, comunicações em congressos, entre outros)
Elaboração de políticas públicas
(formulação, gestão e crítica dessas políticas, especialmente as que envolvem a diversidade cultural)
Regulamentação da profissão
A profissão ainda não é regulamentada por lei.
Remuneração média
De acordo com pesquisa da Catho, a média salarial é de R$ 3.602,72. Segundo a Associação Brasileira de Antropologia (ABA), o antropólogo pode ganhar também por hora e atividade. Veja nesta tabela o valor médio.
Exigências para exercício da profissão
Embora a profissão não seja regulamentada por lei, a ABA reconhece como antropólogo pleno quem tem mestrado em Antropologia. Para atuar no campo acadêmico, é necessário ter, pelo menos, pós-graduação.
*Colaboração: Daniel Schroeter Simião, Coordenador da Comissão de Educação Ciência e Tecnologia da Associação Brasileira de Antropologia (ABA)