O Engenheiro de Telecomunicações é o profissional responsável por atuar em empresas de telecomunicações modulando e dimensionando canais físicos de comunicação. Para tornar aptos esses profissionais, a graduação em Engenharia de Telecomunicações conta com uma grade que vai além de disciplinas teóricas, proporcionando aulas práticas em laboratórios e em campo.
Boa parte do conteúdo do curso de Engenharia de Telecomunicações é comum aos demais ramos da engenharia, que é a base para uma formação científica sólida. Já as matérias específicas proporcionam uma formação tecnológica específica, caracterizando esta modalidade da engenharia.
Tópicos deste artigo
- 1 - Público-alvo
- 2 - O curso
- 3 - Duração média
- 4 - Mercado de Trabalho
- 5 - Formas de atuação
- 6 - Campos de atuação
- 7 - Regulamentação da profissão
- 8 - Quantidade média de profissionais
- 9 - Remuneração média
- 10 - Exigências para o exercício da profissão
- 11 - A opinião de quem entende
Público-alvo
Como primeiro critério para escolher o curso de Engenharia de Telecomunicações é necessário ter gosto pelas disciplinas de exatas, principalmente física e matemática. Além disso, é preciso estar em constante formação, pois, com os avanços tecnológicos, as demandas de mercado exigem profissionais atualizados.
Outras características como raciocínio lógico, habilidade numérica, responsabilidade, capacidade de observação e disciplina também são características primordiais para o exercício da profissão de engenheiro de telecomunicações.
O curso
Nos dois primeiros anos de graduação, a grade é comum aos demais cursos de engenharia e conta com matérias como Geometria Analítica, Cálculo, Física e Mecânica. Depois deste ciclo básico, os estudantes cursam disciplinas mais específicas da área de telecomunicações, entre elas Rede de Comunicações, Comunicações Digitais e Sistemas Telefônicos.
Há, ainda, a possibilidade de cursar matérias eletivas em áreas complementares, como informática. Como as disciplinas específicas só começam no terceiro ano de curso, a orientação é de que o estágio profissional aconteça do quarto ano em diante.
Duração média
10 semestres – 5 anos
Mercado de Trabalho
Durante muito tempo o Engenheiro de Telecomunicações só trabalhava em operadoras de telefonia ou lidava com satélites. Com o progresso tecnológico e a chegada da internet, esse profissional pode trabalhar também com comunicação de dados.
A convergência entre comunicação e informática tem aumentado a demanda de profissionais aptos a trabalhar nessa área. Outro fator que tem aquecido o mercado de trabalho na área é a chegada da televisão em alta definição (HDTV) no Brasil. Empresas especializadas neste serviço estão surgindo e contratando cada vez mais.
Apesar das grandes novidades, as operadoras de telefonia continuam sendo as principais empregadoras. Há também muitas vagas de consultorias em empresas de diversos ramos. Grandes instituições, como a Vale e a Petrobras, possuem suas próprias redes de comunicação e carecem de Engenheiros de Telecomunicações.
Formas de atuação
O egresso desse curso é o profissional apto a trabalhar nas empresas de telecomunicações, desenvolvendo projetos para acompanhar a evolução tecnológica. Outra atividade é o desenvolvimento e aplicações de serviços em indústrias e empresas, ou ainda atuar em centros de pesquisa, universidades e no setor público. Além disso, o engenheiro pode optar por se tornar um empreendedor da área e montar o seu próprio estabelecimento.
Campos de atuação
Planejamento de sistemas
(planejar, conceber, especificar, projetar sistemas de comunicações e transmissão de voz, dados e imagem)
Adaptação de canais
(modelar e dimensionar os canais físicos de comunicações, modulações e potências envolvidas)
Análise de projetos
(analisar e avaliar a viabilidade econômica de projetos de telecomunicações)
Testes e inspeção de equipamentos
(realizar testes de aceitação e inspeção em equipamentos e sistemas de telecomunicações)
Fiscalização
(fiscalizar, executar vistorias e perícias, emitir laudos técnicos e estudos de modelagem e de viabilidade técnica)
Supervisão de serviços
(supervisionar e avaliar a operação e a manutenção de sistemas e equipamentos)
Consultoria
(analisar projetos, oferecer consultoria e orientação técnica, supervisionar e coordenar estudos, projetos e serviços)
Pesquisas
(realizar pesquisas e participar como agente no desenvolvimento de novas ferramentas, técnicas e tecnologias)
Regulamentação da profissão
Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966.
Quantidade média de profissionais
Aproximadamente 5 mil profissionais atuando no Brasil.
Remuneração média
Um profissional em início de carreira tem salário médio de 4 mil, mas os ganhos podem chegar a R$ 6,5 mil.
Exigências para o exercício da profissão
Além do diploma do curso de graduação em uma instituição reconhecida pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea), é necessário ter registro junto ao conselho.
A opinião de quem entende
O Super Vestibular quer saber como é a sua experiência como Engenheiro de Telecomunicações ou estudante da área. Conte-nos!