O Ministério da Educação (MEC) anunciou, por meio de coletiva de imprensa realizada na tarde de hoje, 1o de novembro, que 191.494 inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2016 não farão mais as provas no próximo final de semana por causa da ocupação de manifestantes em escolas públicas.
O órgão informou que, dos 6.476 locais de aplicação do Enem 2016, 304 escolas públicas em 126 cidades brasileiras estão ocupadas por estudantes que protestam contra a nova reforma do ensino médio e à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que congela os investimentos na educação por 20 anos.
Segundo o MEC, como cada provas do Enem custa R$ 90, o prejuízo estimado é de 17,2 milhões. Antes os candidatos fariam os exames nos dias 5 e 6 de novembro; agora, serão nos dias 3 e 4 de dezembro. Os novos locais de prova serão informados por SMS, pelo aplicativo para celular e tablet e no site do Enem.
Entenda o caso
No mês passado, o MEC tinha afirmado que, se até o dia 31 de outubro as escolas não tivessem sido ocupadas, os inscritos no Enem cujos locais de provas fossem nessas unidades teriam que fazer o exame educacional posteriormente. Na época, eram quase 100 mil estudantes de 11 estados, entre os quais Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.
Na ocasião, a advocacia-Geral da União (AGU) informou poderia cobrar judicialmente dos responsáveis pelos protestos o valor gasto em cada nova prova aplicada (R$ 90) e que "trabalharia para identificá-los", sem informar como vai investigar e quem vai identificar as pessoas ou verificar as denúncias.