Engenharia Nuclear
O curso de Engenharia Nuclear ainda não é encontrado em muitas instituições de ensino superior, mas a procura e o interesse pela graduação têm crescido.
A graduação em Engenharia Nuclear ainda é recente e pouco encontrada nas instituições de ensino superior no Brasil. Às vezes é ofertada no formato de pós-graduação, como é o caso do mestrado do Instituto Militar de Engenharia (IME).
A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) é pioneira e referência no curso de Engenharia Nuclear, já que no estado estão localizadas as usinas nucleares Angra 1 e 2. Mas já há previsão da oferta da graduação também na maior instituição do país, a Universidade de São Paulo (USP).
O curso de graduação em Engenharia Nuclear visa formar profissionais capacitados para desenvolver novas tecnologias no campo nuclear, de forma crítica e criativa no que diz respeito à identificação e resolução de problemas.
Por conta da ampliação da utilização da radiação nuclear nos mais diversos ramos das atividades humanas, devido a decisões recentes sobre a ampliação do número de centrais nucleares do país, a procura pela graduação tem crescido.
Público-alvo
Aqueles que possuem afinidade com Ciências Exatas, gostam de tecnologia e possuem senso de responsabilidade podem se considerar no perfil da graduação em Engenharia Nuclear.
A atuação do engenheiro nuclear envolve processos que representam grande risco à saúde das pessoas, caso seja desenvolvido de forma inadequada. Por isso, ser atualizado sobre avanços científicos e tecnológicos nesta área são bons requisitos de quem deseja fazer a graduação de Engenharia Nuclear.
O curso
Como já foi falado, atualmente o curo de Engenharia Nuclear é ofertado na UFRJ. Os universitários contam com aulas nas disciplinas de Física, como Física Nuclear e reatores nucleares, termodinâmica e máquinas térmicas. Também há disciplinas de Cálculo e Matemática.
O curso tem duração de 5 anos tendo o estágio e o trabalho de conclusão de curso obrigatórios para a sua conclusão.
A grade curricular do curso se assemelha bastante com a da graduação de Engenharia de Materiais, principalmente nos três primeiros anos. Dentre algumas matérias comuns estão fundamentos de Cálculo, Computação, Física e Química, nos primeiros semestres, aperfeiçoando o conhecimento até o terceiro ano do curso.
Nos dois últimos anos são ministradas disciplinas mais específicas da área, como: Propriedades Dinâmicas dos Materiais e o Controle das Radiações Mecânicas - do Som ao Ruído; Análise de Segurança de Centrais Nucleares; Termohidráulica de Sistemas de Geração de Potência; Energia Nuclear e Reatores Nucleares.
Duração média
Geralmente 10 semestres (5 anos)
Mercado de trabalho
O mercado de trabalho para quem se forma em Engenharia Nuclear está bastante promissor por conta do crescimento do avanço tecnológico da indústria nuclear e por causa do novo Plano Nacional de Desenvolvimento Nuclear, que prevê a construção de mais cinco usinas nucleares em Angra até 2050.
Por ainda não ter muitos profissionais formados e com experiência no ramo, aqueles que possuem a graduação se destacam.
Formas de atuação
O engenheiro nuclear formado estará apto a trabalhar em várias formas de atuação. Listamos algumas abaixo:
Na indústria nuclear: na exploração de minerais relevantes para a geração de energia elétrica, na concepção, construção e operação de reatores nucleares;
Na gestão de aspectos de segurança: no que diz respeito a itens relacionados ao uso de materiais radioativos e na aplicação de radiações nucleares;
Indústria alimentícia: conservação de alimentos e bebidas.
Arte: uso de tecnologia de radiação para preservação de obras de arte.
Medicina nuclear: no ramo de ressonâncias, por exemplo, em laboratórios de controle de qualidade com acesso a itens radioativos, especificando e selecionando materiais;
Projetos e construções: atividades como projetar instalações nucleares, delinear processos de fabricação de combustíveis nucleares, efetuando a análise de falhas em equipamentos que estão em serviço num ambiente nuclear.
Campos de Atuação
- Empresas de geração de energia;
- Empresas de segurança a materiais radioativos;
- Empresas ligadas a Medicina Nuclear;
- Preservação de obras de artes;
- Indústrias;
- Usinas Nucleares;
- Ramo Agrícola;
- Ensino.
Remuneração média
De acordo com o site catho.com, a média salarial do Engenheiro Nuclear é de R$ 7.840.
Exigência para o exercício da profissão
A exigência para exercer a profissão de Engenharia Nuclear é o diploma de conclusão de curso de bacharelado, preferencialmente na área.